Almas Similares, Vidas e Escolhas Diferentes que..

Cidade do interior do rio de janeiro. Um jovem garoto ganha um computador de aniversário.

Seus pequenos cachos dourados ficam brilhantes como o seu sorriso naquele momento de êxtase.

Rapidamente ele corre com suas pequenas pernas para o quarto dele e de seus dois irmãos para montar seu novo “brinquedo”.

Dias e dias de alegria se sucedem com ele por várias horas naquela máquina. Amigos, conhecidos, momentos de felicidade incontáveis são sentidos e passados na frente daquela tola brilhante.

Porém um dia, quando tudo parecia ser mais um dia de pura alegria…. Eis que tudo começa a dar errado, começando por aquele que devia ser a pessoa mais importante de sua vida. A sua pessoa amada, joga um banho de agua fria no relacionamento dos dois, chamando-o de palavras grotescas e humilhando o pequeno garoto, fazendo-o brigar com várias pessoas, e como se não bastasse isso, em sua casa, sua mãe e pai se separam após uma briga onde, a mãe do garoto sai machucada e chorando no rosto, com os filhos olhando ela sair chorando de casa, mal sabia ele que isso era só o começo.



Alguns anos depois, esse garoto já está um jovem de quase 20 anos de idade, e, diferente de quando ele ainda era pequeno e sorridente, agora, ele não mais sorri e odeia as pessoas.

Passado, é e, sempre será algo assombroso.

Mas hoje, neste presente, esse garoto está aprendendo, ou relembrando a viver a vida. A ter algo dentro de si chamado esperança, algo este muito, muito valioso para qualquer pessoa neste muito.

Ainda hoje, uma pessoa peculiarmente semelhante me chamou a atenção nessa outra cidade chamada: São Paulo.

Diferente do nosso garoto do rio, aqui, era uma garota, branca como ele e com os olhos de gente sofrida. Colocou seus fones e uma música para ouvir e então, logo o seu pé estava batendo no chão do metro delicadamente com o compasso da música que ela ouvia.

Posso dizer que…. Aquele pequeno pé vestido com sapato de um pequeno cano meio médio porem de marca, somado ao olhar dela, o seu cabelo, expressão, anéis e brinco simples porem brilhantes, me mostravam uma coisa muito importante: Esperança.



Esperança para mim é algo muito importante.

É uma espécie de chave, que eu uso como um código para entrar, ou não, na vida de alguém para ajuda, ou não.

No caso desses dois, foi exatamente assim.

Para ela, eu não entrarei jamais na vida dela de forma direta, pois ela nunca vai saber quem eu sou, por mais que saberei quem ela era, mas, ela tem esperança então, por mais que ela quisesse, naquele dia de festa para praticamente todo mundo, passar despercebida, aos meus olhos, ela brilhou muito, por que o desejo dela, a esperança dela, brilhava e iluminava a minha visão.
Para ele, eu entrei na vida dele. Não foi neste dia, nem ontem, ou recentemente. Já faz um tempo até, porém, o que me faz ficar, é ver q tem esperança dentro dele. Diferente dela, ele tem surtos de tristeza e depressão, a vida dele não é fácil (a de ninguém é), e quando ele tem esses surtos, eu não vejo esperança, e por esse motivo, não fico presente na vida dele. Mas quando passa, ele volta a ter esse sentimento, e eu volto a estar presente na vida dele.

Eu sou como a esperança, você sempre vai precisar acender a chama dela na vela, para poder me ver.  E sempre que apagar, você terá que acender.