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Final Feliz - Parte 2 - Final

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Final Feliz - Parte 2 Final

Música – Avril Lavigne – Don’t Tell Me

Dedicatória: Junior Genilson



“.... Caminhando durante uma noite, ao lado do lobo. Meu lobo.... Me fazendo companhia. Obrigado...”


O vento forte daquela noite estava balançando o sobretudo do garoto e o meu. Ele ainda estava com o rosto bem chateado.
Apesar do nosso “trabalho” não permitir algumas distrações, ou que ficamos sabendo da vida dos outros (fora do trabalho), no caso dele eu acabei por saber.
Ele estava trabalhando arduamente nas missões para esquecer a pessoa que ele amava.

-Flashback-

“ ‘Te amo! ’, ele dizia sempre, todos os dias, para ele.
Levava para praia, apesar de que o garoto ficasse um pouco emburrado por não gostar muito.
Outra hora os dois saiam juntos a noite para aproveitar um pouco.
Ele estava conhecendo uma vida nova, com pessoas novas.
Seu namorado levava ele para o shopping da cidade para ver roupas, ver o seu namorado no cabelereiro (pois ele era vaidoso).
Foram dias, semanas e até alguns meses incríveis!
Foi tudo realmente lindo...
Até que o dia em que seu namorado simplesmente chegou até ele e simplesmente falou:
– Desculpe.... Eu acho melhor terminarmos... – De maneira a tentar amenizar a situação, mas já tinha todas as palavras bem escolhidas e ditas.
– Mas.... Porque? – Perguntava o jovem garoto para ele, sem entender, e sem conseguir segurar as lagrimas de maneira nenhuma. Deixando todas caírem pelo seu rosto tão logo e rápido havia perguntado sem ouvir uma resposta. ”

-Fim do Flashback-

Eu o acompanhava um passo atrás do dele, enquanto o mesmo usando toda a sua força na sua espada de uma mão só, segurando firmemente o cabo enquanto a lamina passava mais rápido do que o vento chegava até nós, pelos demônios em forma de sombra e assim que o vento chegasse, os levava em bora em forma de pó negro, os dissipando.
Era uma cena triste.
Ver o rosto triste e desolado dele, destruindo sem se importar com o porquê dele estar ali, fazendo aquilo.
As lágrimas que continuavam a cair brevemente pelo rosto, mostrando o coração ferido.
Tão focado.
Tão rápido.
Tão eficiente no seu trabalho, que não me notou já longe de seu passo rápido e sem destino, apenas destruindo tudo que achasse de demônios e seres a sua frente, indo contra o vento.
Apenas estendi a minha pata esquerda, com as minhas garras bem amostra, em direção a ele.
Girei-a para esquerda lentamente, passando a visão do meu amigo por entre meus dedos até passar pela última garra (ou dedão), e na minha pata, o meu círculo de magia se fez presente em vermelho, passando para laranja e amarelo.
Um portal de dois metros de altura e largura se fez a frente do meu amigo, bloqueado a passagem do vento, que agora não trazia mais seres nenhum.
Do portal uma luz forte, branca e quente levemente como o sol emanava até ele.
Seu sobre tudo e sua espada foram se despedaçando, o deixando apenas com roupas de um jovem normal, com bermuda, chinelo e camisa.
Abaixando a minha pata lentamente, e indo de encontro a ele, o observando apenas com a cabeça baixa, o abracei.
– Obrigado por tudo Lobo... – Ele me disse, chorando.
– Não precisa me agradecer..., mas eu só posso leva-lo até aqui... A partir daquele ponto – Digo olhando o portal, e vendo a praia e o sol do outro lado – O seu final feliz ficará a seu cargo.... Porém, sempre serei o seu lobo, que estará por perto quando você precisar.
Eu não obtive uma resposta então, o separei de meu corpo e o encarei, não muito sério para não assusta-lo.
– Ele podia não ama-lo como você merecia... Mas sempre terá quem o ame por perto, inclusive eu – Terminei, tentando dar algum sorriso sem conseguir direito, apenas mostrando o canino do lado direito.
– Promete que seremos sempre amigos...? – Me perguntou ele, me olhando e segurando meu braço negro de pelos.
– Prometo – Respondi sem pensar duas vezes, dando um leve empurrão nele, em direção ao portal.
– Até de manhã, Lobo – Disse ele enquanto me olhava e andava adentrando o portal para o nosso mundo.
– Até, pequeno Aventureiro – Respondi, fechando o portal e sumindo dali.

“Posso não contratar quem faz esse trabalho... Mas posso dispensa-los... Nem todos servem para isso... Alguns é melhor, apenas... Viverem a vida. Felizes se possível. ”
Final (mente) a ultima parte do conto dedicado ao meu amigo Junior, seu coisinho chato <3
Depois de alguns anos né.. mas deu pra terminar da maneira que eu acho melhor: Condizente com a realidade.

Parte 1 - fav.me/d3hjo87
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