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Kuro Kyuketsuki - Kumo - Isabelle 3

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Kuro Kyüketsuki – Kumo - Isabelle

O Filho Gato da Rainha Branca que Apenas Veste Preto




3 – Empecilhos

“Isso é o que mais existe quando conflitos e interesses internos tem que se sobressair sobre a ordem natural... e uma vez feito...
Apenas outro igual, mas diferente, para voltar a ser o que era antes...”



- Bem-vindo ao meu mundo padre – falei saudando o espirito sem nem um sorriso.

A luz ao meu lado, agora atrás do padre, aumentou vertiginosamente de tamanho, ocupando todo o espaço atrás do padre e sumindo com as paredes, moveis, tudo simplesmente foi engolido pela luz e atrás dele, estava apenas um caminho de pedra, com flores, sol, milhares de arvore e lá no alto da planície, onde dava o caminho, estava a entrada do descanso tranquilo, chamado céu dos humanos.

- Garoto-Anjo, o que você vai fazer agora? Eles o estão chamando certo? Afinal, ele assim como todo humano merece a redenção pelos atos que cometeu – argumentou o gato demônio saltando da janela e ficando alguns poucos centímetros apenas atrás de mim olhando o padre ser tranquilamente puxado para dentro daquele mundo e colocando o seu pé no chão de pedra e areia úmida.

- Vou fazer tudo o que for possível para fazer o meu trabalho – respondi a ele dando alguns passos para frente e entrando tranquilamente no mesmo local, porém, imediatamente fui empurrado para certa distância do espirito dele.

- Vai mesmo? – Comentou o gato, pegando a cadeira de madeira nobre que estava em baixo da mesa que ficava na frente da janela e se sentando – essa quero ver de camarote.

Dentro daquele mundo eu não era desejado naquele momento, pois a minha missão era contrária a ordem natural do espirito.

- Padre, volte comigo – falei em tom sério a meia distância dele e pude ver os seus olhos, que estavam semifechados e a sua mente que estava longe do espirito, se tornarem uma novamente e ele percebeu que eu estava ali, para busca-lo.

- O que você...? – Perguntou ele dando alguns passos pela trilha, mesmo sem perceber, na direção de seu salvamento.

Não disse mais nenhuma palavra e avancei para cima do padre e percebi o baque da energia daquele mundo me impedindo de saltar ou voar e fui forçado ao chão com força machucando o rosto.

- Droga... – comentei comigo mesmo, olhando para frente com dificuldade e observando o espirito do padre, começando a sentir medo, virando de costas, segurando a cruz pendurada em seu pescoço, vendo a luz no final do caminho e começando a correr na direção dela.

- Meu Deus... Socorro... Apelo para sua misericórdia...! – Falou ele, fechando os olhos segurando o objeto com força, e acima do portão, um homem apareceu acima das nuvens e apenas estendeu a mão direita.

Não havia um sorriso em sua face morena e seu cabelo ligeiramente curte não se mexia.

Apesar de não dizer uma palavra, todos ali sabiam, que se o padre chegasse até lá, a minha missão, eu teria falhado.

Prontamente, o padre começou a correr e aí, a pressão sobre o meu próprio corpo sumiu e pude me levantar.

O Tempo naquele mundo, antes com aquele fresco e sol tranquilo, estava mudando drasticamente para uma tempestade violenta.

- Não vou deixar que fuja padre... – anunciei, levantando num pulo, de asas abertas e correndo atrás do padre, pela trilha que subia colina a cima.

Correr naquele mundo realmente não estava sendo fácil. Enquanto o padre estava todo solto e com desenvoltura, eu estava com o corpo pesado, quase não conseguindo correr.

A Colina ficava na minha visão cada vez mais e mais íngreme e o meu corpo era pressionado contra o chão, como se a própria gravidade fosse me pesando até que não consegui mais ficar de pé e cai de joelhos.

Minhas mãos sendo pressionadas contra o chão, assim como meu joelho e minhas asas não se mantinham eretas.

“Minha missão... Preciso completar.... Não posso permitir que ele consiga se salvar.... Me.... impeçam.... Não posso permitir...”


Era o meu pensamento.

Claro e objetivo.

- Desculpe meu pai – falei com o peito apertado, respirei fundo e fechei os olhos.

Soltei o ar e abri meus olhos.

O mundo tremeu, fazendo o padre tropeçar pelo caminho e cair, a pressão sobre o meu corpo parou e me levantei prontamente, com os olhos mais sérios e castanho-claros possíveis.

Olhando da visão do padre, quando ele se virou para ver a minha situação, eu estava coberto pela minha própria energia enquanto o sangue escorria um pouco pelo meu rosto.

- Mas oque...? – Tentou falar ele virando de costas rapidamente, se levantando e quando ia dar o novo primeiro passo para mais próximo ainda da entrada que deveria agora estar a menos de 5 passos, ele caiu para frente de cara no chão sem se machucar, sendo puxado para trás com algo preso na sua perna.

Quando olhou, viu uma corrente grossa e pesada de prata que ia até minhas mãos, e então olhou em meus olhos, que esbanjavam fúria e o seu corpo perdeu a força, não conseguia mais se levantar.

Comecei a caminhar pesadamente sobre o chão e o céu tremeu em trovoes e raios da tempestade que levava todas as plantas, flores, e tudo que estivesse solto.

Várias delas me acertavam junto com a chuva grossa que caiam contra mim, como se quisesse me impedir de chegar ao meu objetivo.

- Não... Senhor... Socorro...! – Gritou ele em baixo da tempestade.

Numa última tentativa, tudo desmoronou.

O chão, as arvores, as plantas, tudo veio em minha direção.

- Desculpe novamente senhor.... – Falei comigo, segurando firmemente a corrente, pulando para cima de uma arvore que veio primeiro, depois por cima dela, pegando impulso sobre os vários pedaços de rocha, pedregulhos e o próprio chão, e me impulsionando e juntando a corrente toda com velocidade em volta de meu pulso até chegar como uma flecha e tocar com firmeza no pescoço do padre que arfava e bufava todo molhado – Peguei – Falei para o homem que estava acima da porta me olhando com ar desafiador, até que tudo desapareceu como a névoa e estávamos todos no quarto do padre novamente, agora, mesmo sangrando sangue não vivo, eu estava sendo aplaudido pelo gato-demônio a minha frente.

- Impressionante Garoto-Anjo, agora eu entendo o porquê tanto trabalho para pedirem a vocês, ou você, para buscar essa alma – comentou ele sorrindo e rindo um pouco de satisfação e por tudo que havia visto -  nós não teríamos nem sequer ter entrado lá, só para começo de conversa – a essa altura ele já estava de pé na minha frente, com aquele sorriso frio e ao mesmo tempo tão distinto.

- Eu sei.... Agora vamos logo... – respondi, pegando a alma do padre, que estava sem consciência pelo tumulto e amarrei com a corrente as mãos e pernas dele – por que até onde sei... – terminando, pegando o padre e colocando ele em meus ombros – você é o meu guia até quem eu devo entregar essa.... Alma.

- Sim, isso mesmo – respondeu ele com aquele sorriso mas olhou para a porta atrás de mim – e o bispo? Vai deixar assim mesmo?

- Vou – respondi, indo na direção da porta – ele não é meu alvo – terminei saindo pelo corredor e sentindo o espaço, o chão e tudo se distorcer.

- De novo? – Perguntou o gato e num piscar de olhos, o simples corredor de pedra, se transformou num grande salão com milhares de portas – O que há agora? Você já não pegou a alma dele? – O animal resmungando de desgosto.

Parado, olhando em volta, vi o bispo, no alto de um dos corredores do salão, com os olhos cerrados e negros, com o seu rosto que era branco, quase moreno.

- Segura – falei para o gato passando o espirito do humano para ele e, num piscar de olhos eu estava no mesmo correndo que o homem de batina vermelha e chapéu pontudo.

- Tu... O que és...? – Perguntou a voz do padre, segurando firmemente o crucifixo dourado e brilhante no seu peito.

Levantei minha mão direita até o peito e a soltei com pressa, a minha espada negra apareceu como se saísse de dentro da palma.

Rapidamente, tratei e enfia-la certeira entre as mãos do padre, ultrapassando-a e chegando no crucifixo que parou de brilhar fortemente.

- Não os interessa, senhores – respondi, puxando minha espada de volta e a mão do homem não estava ferida, porem o espaço voltou a ser o que era normalmente, apenas um corredor e que nem segundo andar era na verdade,  o gato estava de um lado e eu no oposto.

Logo a expressão morena e os olhos do velho homem voltaram ao normal e ele caiu desacordado no chão duro.

- Vamos embora – tratei de alertar gato, pegando ele pelo braço e puxando em direção da saída apressado.

- Ei... O que há?! Por que a pressa? – Perguntava desajeitado enquanto segurava o espirito do humano nos ombros e logo saímos correndo pela saída lateral que dava.

Acima de nós, um urro descontrolado de um dos gárgulas fora de controle.

Rápido como um gato, o demônio, jogou o espirito do humano em cima de meu corpo e foi tratar do animal de pedra acima em forma de demônio-dragão com um sorriso enorme, mostrando os dentes, as garras no ar e puxando de dentro de sua calça, a arma que gostava de usar nessas horas, uma pequena adaga negra.

“Ele teria a sua diversão antes de irmos embora dali.”
E a Parte 3 Saiu~
E Assim vamos nos aproximando do final da historia...

Tenso~

Kuro Kyüketsuki – Kumo - Isabelle

O Filho Gato da Rainha Branca que Apenas Veste Preto

Parte 4 -> em Breve @_@ e Possivelmente a ultima parte

2 - O Segundo Andar Superior da Catedral -> fav.me/d7zsqwc

1 - O alvo -> fav.me/d7tnpjk
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